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quinta-feira, 22 de julho de 2010

O imperialismo planeja novas guerras




O aprofundamento da crise estrutural do capitalismo e as consequências econômicas e políticas da decadência relativa dos EUA e dos países imperialistas da Europa, estão gerando novos conflitos potenciais em uma situação internacional de transição. A história nos diz que essas situações podem redundar em mais instabilidades, tensões e conflitos armados. E existem planos de guerra dos EUA e da OTAN para vários continentes.

Por Ricardo Alemão Abreu
O imperialismo não está disposto a ceder poder sem opor resistência. Um exemplo recente é o que acontecido depois do Acordo Brasil-Irã-Turquia. O acordo diplomático foi uma vitória das forças defensoras da paz, da soberania e da autodeterminação dos povos, e desmascarou as reais intenções do imperialismo dos EUA e seus aliados europeus, que não estão interessados na paz, mas em limitar o desenvolvimento tecnológico de outras nações para assegurar o seu monopólio da energia nuclear, mesmo para fins pacíficos; e ainda promover a subordinação dos países a uma ordem internacional baseada na opressão e na guerra imperialista.

Os EUA podem desencadear uma “guerra preventiva” contra o Irã

A aprovação de novas sanções ao Irã no Conselho de Segurança da ONU, e a imposição de sanções unilaterais adicionais pelos EUA e pela União Européia, visam a manutenção do atual sistema de poder mundial, caracterizado pela hegemonia dos EUA, e sufocar as tendências à multipolaridade e a novos papéis internacionais que podem ter países como o Brasil.

As novas estratégias militar e de segurança nacional dos EUA do presidente Barack Obama retoricamente prometem cooperação e multilateralismo. Na prática, todavia, mantém o rumo de impor seus interesses pela força e pela guerra. Segundo essas novas estratégias, os EUA, alegando a prioridade para a prevenção da proliferação nuclear, autorizam a si mesmos, em nome dos seus “interesses vitais” ou de seus aliados, como Israel, a realizar um ataque com armas nucleares, em condições “extremas”, contra qualquer país, ainda que este não detenha armamento nuclear, como é o caso do Irã. Na verdade, é a continuidade da política de “guerra preventiva” e de “guerra infinita” de George Bush. Em outras palavras, manter o poder dos EUA pela força militar, custe o que custar à humanidade.

Os fatos contradizem a retórica. Depois de um ano e meio de governo Obama, fica cada vez mais claro que os interesses de potência imperialista falaram mais alto que os discursos de campanha. Os EUA investirão em 2011, 780 bilhões de dólares em suas forças armadas, orçamento recorde desde o final da Segunda Guerra que supera em 49% o orçamento de 2000, e que é maior que os gastos militares somados de todos os demais países do mundo. Os EUA insistem em manter bases militares por todo o globo terrestre, como na ilha africana de Diego Garcia, direcionada a um possível ataque ao Oriente Médio e à Ásia Central.

Os EUA e a OTAN se capacitam para o que chamam de “Ataque Global Imediato Convencional”. Com a alteração do caráter da OTAN, que passará a atuar em todos os continentes e mares, até as Ilhas Malvinas e outros territórios próximos da América do Sul são reais ou potenciais bases militares da aliança agressiva. As forças especiais dos EUA, especializadas em ações clandestinas de guerra, em missões de inteligência, subversão e “desestabilização”, já operam em 75 países, sendo que há um ano atrás estavam em 60 países. “O mundo é o campo de batalha”, disse um alto oficial das forças especiais estadunidenses.

As agressões ao Irã se intensificam. Para o imperialismo é preciso conter o Irã e reconquistar a Turquia, antiga aliada e membro da OTAN, para não “desestabilizar” o seu controle na região do Oriente Médio e da Ásia Central. EUA e Israel se preparam para uma possível intervenção militar, deslocando forças navais através do Canal de Suez rumo ao Golfo Pérsico, próximo às costas marítimas iranianas. Negociam com a Arábia Saudita o uso do espaço aéreo em eventuais bombardeios.

O roteiro dos EUA é similar ao da guerra contra o Iraque, com pressões diplomáticas, medidas cerceadoras na ONU, campanha midiática com base em falsidades, a alegação de eventual descumprimento das sanções, e o acionar do plano de intervenção militar, direta ou através de Israel. Muitas lideranças políticas, intelectuais e especialistas no tema militar, inclusive nos EUA, levantam a possibilidade da guerra contra o Irã ser “a guerra de Obama”, assim como a guerra do Afeganistão e do Iraque foram as guerras de Bush, que Obama continua.

Escalada militar estadunidense no Oriente Médio, na Ásia e na América Latina

Na Ásia Central e no Oriente Médio, região estratégica para o domínio imperialista global, os EUA e seus aliados da OTAN aumentam seus efetivos militares no Afeganistão, prolongam a guerra que já é mais longa que a agressão contra o Vietnã, e prorrogam a ocupação militar no Iraque. Mesmo assim não conseguem vencer a resistência nacional e popular nesses países. Recentemente esse fracasso no Afeganistão derrubou o presidente da Alemanha, que foi obrigado a renunciar após cometer indiscrição e confessar publicamente os reais interesses neocolonialistas na região. A diplomacia ianque pressiona o Azerbaijão para instalar novas bases militares nesse país, similares às que existem no Quirguistão e em outras nações próximas.

Os EUA e Israel ameaçam a Síria e as forças patrióticas no Líbano, sustentam a ocupação na Palestina e o bloqueio criminoso contra a Faixa de Gaza, que a flotilha humanitária, covardemente atacada pelos militares israelenses, tão bem denunciou.
Na Ásia os EUA realizaram recentemente, em conjunto com a Coréia do Sul, manobras militares de grande porte. Em seguida acusaram o governo norte-coreano de afundar um navio de guerra sul-coreano, quando surgem fortes suspeitas de que as próprias forças militares e de inteligência ianques teriam colocado uma mina na embarcação para criar artificialmente uma tensão com a Coréia Popular e tentar isolá-la internacionalmente.

Além desses objetivos, os EUA queriam influenciar as eleições na Coréia do Sul e pressionar o premiê do Japão a manter bases militares estadunidenses em seu território, em especial a de Okinawa, e assim romper uma promessa feita na campanha eleitoral. No Japão o resultado foi a manutenção das bases estadunidenses e a renúncia do premiê japonês.

Diante do anúncio de novas e ainda maiores manobras militares navais EUA-Coréia do Sul no mar Amarelo, que contarão com o famigerado porta-aviões George Washington, o “Diário do Povo”, jornal do Partido Comunista da China, advertiu para os “riscos para a paz e a estabilidade regional”, e declarou “firme oposição” a mais esta “hostilidade contra a China”.
Na América Latina recrudescem as pressões contra a Revolução Cubana e as ameaças à Venezuela, considerada pelos centros de inteligência de Washington “a principal ameaça” contra os EUA nas Américas. Após a reativação da 4ª Frota, os EUA instalam novas bases militares, como em Honduras, onde ajudaram a promover um golpe de estado. A pretexto de ajuda humanitária ao Haiti, após o terremoto no início deste ano, forças militares estadunidenses com mais de 15 mil soldados desembarcaram no país.

Nos últimos dias mais de 7 mil soldados, 46 navios de guerra, porta-aviões, submarinos e helicópteros dos EUA instalaram-se em bases na Costa Rica, supostamente para combater o narcotráfico. O governo colombiano segue a linha traçada pelos EUA de tornar o país uma Israel da América Latina e do Caribe.

Hillary Clinton, chanceler de Obama, comanda a reação diplomática imperialista contra o Brasil. Depois dos países que detém armas nucleares, o Brasil é o país que possui o programa nuclear para fins pacíficos mais avançado, até mais avançado que o iraniano. Por isso, a ameaça ao Irã é também indiretamente uma ameaça ao Brasil, que já recebe pressões e pode ser a próxima vítima. É justamente isso que explica a iniciativa brasileira e turca que resultou no Acordo Brasil-Irã-Turquia.

Os EUA, surpresos com o êxito do acordo, e contrariados pela política externa do governo Lula em diversos temas como na resistência aos golpistas de Honduras, fazem de tudo para isolar o Brasil. Logo depois do anúncio do acordo, a Agência Internacional de Energia Atômica alertou para o risco do Brasil estar gestando armas nucleares e anunciou novas investigações intrusivas em nosso programa nuclear.

A resistência antiimperialista obtém vitórias

A ofensiva militar imperialista global atinge escala inédita, entretanto, não há como colocar travas na roda da história. O capitalismo na sua fase imperialista é um sistema historicamente superado que espalha sangue e destruição em sua rota decadente. A resistência dos povos e países oprimidos está impondo derrotas ao imperialismo, no Oriente Médio, na Ásia Central e em outros cantos da Terra. Em nosso continente, a América Latina, continuam a florescer as forças populares, democráticas e antiimperialistas. O povo brasileiro luta para que, nas eleições de outubro próximo o Brasil siga avançando e mantenha a sua política externa independente e soberana, em defesa da paz, do direito ao desenvolvimento, e de um mundo multipolar. A paz mundial e o socialismo nunca foram tão necessários à humanidade.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Campanha de Dilma, Mercadante, Netinho e Marta "arranca" em SP

Com promessas de “olhar para o futuro” e “continuar, mas avançar”, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) participou, nesta quarta-feira (7), da “Caminhada da arrancada” — primeiro grande ato de sua campanha em São Paulo (SP). Milhares de apoiadores, militantes e lideranças saíram em passeata pelas ruas centrais da cidade até a Praça da Sé, onde houve um breve comício.
O candidato a governador Aloizio Mercadante (PT) e os candidatos ao Senado Netinho de Paula (PCdoB) e Marta Suplicy (PT) também se engajaram na largada da campanha no estado. Ao som de palavras de ordem como “São Paulo avante / Com Dilma e Mercadante”, a manifestação denunciou a decadência a que o estado está submetido após mais de 15 anos de governos do PSDB.


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Dilma enfatizou a ruína do ensino público paulista — uma “vergonha” que desvirtua a própria vocação do estado e de sua capital. “Estamos a poucos metros de onde a cidade de São Paulo começou. E não foi num lugar qualquer. Foi no Pátio do Colégio. Não é à toa que escolheram um colégio para ser o ponto inicial de São Paulo, o coração da cidade.”

Segundo Dilma, a forma como o PSDB tratou a educação no estado, nos governos Covas, Alckmin e Serra, levou até ao rebaixamento do status do professor na sociedade. “No passado, muita gente queria ser professor. Hoje, a profissão não é valorizada em São Paulo. É preciso dar salários dignos, incentivar a melhor formação do profissional, fazer uma das mais importantes revoluções — que é a do conhecimento e da educação”.

Governar em equipe

Apoiada por dez partidos (PT, PMDB, PDT, PSB, PR, PCdoB, PRB, PTN, PSC e PTC), Dilma destacou a necessidade de governar de forma democrática, ouvindo os aliados. “Não sou do tipo orgulhoso, presunçoso, que acha que tudo faz. Preciso de equipe”, assinalou, em crítica indireta ao tucano José Serra, seu principal adversário na corrida presidencial. “O Brasil de hoje é outro país. Continuar o que o governo Lula conquistou não é ficar parado — é avançar. Nosso país pode olhar para o futuro com confiança.”

Sobre uma eventual gestão de continuidade aos dois governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a candidata reafirmou a necessidade de “pensar nos 190 milhões de brasileiros, e não olhar só para um terço da população”. Foi nesse sentido, também, que Dilma voltou a criticar o slogan pretensioso da oposição — “O Brasil pode mais”. Segundo a candidata, “eles não podem mais porque o que importa é como melhorar a vida dos brasileiros — e isso somos nós que sabemos fazer”.

Dilma prestou deferência mais do que especial ao apresentador e vereador Netinho, que pode se tornar o primeiro político negro a assumir uma cadeira no Senado por São Paulo. De acordo com Dilma, “um senador negro é uma grande transformação para o nosso país. A população negra merece ser representada”.

“Netinho vem do gueto, da periferia, da luta do povo, da cultura”, frisou, ainda, Aloizio Mercadante. Já Netinho, numa breve mensagem, elogiou “a militância mais aguerrida desta campanha” e afirmou que a dobrada Dilma-Mercadante vai “acabar com a tristeza no estado de São Paulo”.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CMV debate royalties do petróleo no Estado

Uma data histórica. Esta foi definição de todas as autoridades presentes na Audiência Pública ‘O Espírito Santo e os royalties do petróleo’, promovida pela Câmara de Municipal de Vitória nesta quarta-feira (30/06).

Além do presidente da CMV, também fizeram parte da Mesa o governador Paulo Hartung, o prefeito de Vitória João Coser, o senador Renato Casagrande, o vice-governador Ricardo Ferraço, a Deputada Federal Iriny Lopes, o deputado estadual Givaldo Vieira, o presidente da Amunes Gilson Amaro, o presidente da CUT José Nilton, o vice-prefeito de Vitória Sebastião Barbosa, o secretário estadual de desenvolvimento Márcio Félix, o presidente do Conselho Popular de Vitória Waldemar Cunha Santos, e o presidente da OAB-ES Homero Mafra.

O vereador Namy Chequer (PCdoB) sugeriu à bancada federal que “faça uso do recém-aprovado Plano de Defesa Nacional, que trata, também, do patrimônio do mar territorial”.

Durante o evento foi lançado o “Manifesto de Apoio em Defesa dos Interesses do Estado do Espírito Santo”. O objetivo da Audiência Pública foi motivar a sociedade capixaba para garantir que as emendas apresentadas no Congresso Nacional pelo deputado federal Pedro Simon e pelo senador Ibsen Pinheiro, que tratam da partilha dos royalties do petróleo, recebam o veto do presidente Lula.

No dia 13 de julho será realizado um grande ato público na Praça Oito, em Vitória, para sensibilizar o Presidente da República a vetar a matéria. Lula fará no dia 15/07 sua sétima visita ao Espírito Santo desde que assumiu o cargo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

UJS na lutar contra a homofobia


Nas últimas décadas, a percepção de que o mundo vivia um “novo renascimento democrático” foi acompanhada da concepção errônea, em relação ao tratamento dirigido a população historicamente discriminada no Brasil.
Essa percepção tratou de conduzir a problemática para a esfera da política pública e que por vários anos pensou os direitos sociais, civis e políticos de forma uniformizante a todos, baseando – se no princípio constitucional de que todos somos iguais perante a lei.
A Constituição da República, a partir de 1988, estabelece como fundamento a dignidade da pessoa humana e tem entre seus objetivos “Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer formas de discriminação” (inciso IV do artigo 3º da CF).


1. No Brasil em 2009, a cada dois dias um homossexual foi morto no país

2. Uma pesquisa da UNESCO, realizada em 2004, demonstrou que Vitória era a capital mais homofóbica do país.

3. Jornal a tribuna de 27 de março de 2010. “Casal gay separado à força”. Rapazes se beijavam durante festa de formatura em Vitória. Um segurança entrou no meio dos dois e os empurrou

É por essa e muito mais, que nós a UJS (União da Juventude Socialista) do Espírito Santo, compraremos mais uma vez esse debate para formular e construir as reformas democráticas do País.



Hullifas lopes nogueira

Coordenador de diversidade sexual de Vitória-ES